7 jan 2004 - 21h30

Braços abertos para ex-atleticanos

São quatro times. São quatro treinadores. São quatro ex-atleticanos no poder. Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo e Fluminense são comandados por técnicos que já trabalharam no Atlético. Abelão, Geninho, Levir Culpi e Espinosa são os responsáveis pelos clubes de maior tradição do Rio de Janeiro.

Da lembrança do torcedor rubro-negro paranaense, a mais saudosa é a de Geninho. Campeão Brasileiro de 2001 com o Furacão, o treinador teve uma empatia muito grande com a torcida e foi demitido após uma série de resultados negativos no começo de 2002. A fraca campanha na Libertadores da América foi um dos motivos principais.

Só que nem mesmo a tragédia no campeonato internacional serviu para afastar o respeito e a admiração dos torcedores. Já dirigindo o Atlético Mineiro, em 2002, Geninho foi aplaudido de pé nas arquibancadas da Arena da Baixada quando o Galo veio disputar uma partida com o rubro-negro.

Hoje Geninho dirige o Vasco da Gama e nesta semana deu uma declaração polêmica: “Jogador bandido gosta de jogar comigo”. Ele referiu-se ao volante Beto. “Quando digo bandido é no bom sentido, claro. Pouco me importa o que Beto fará longe do Vasco. Conto com ele para vencer”, afirmou o técnico, que domou a fera chamada Nem, em 2001.

Flamengo

O Flamengo aposta num Campeão Paranaense para voltar a brilhar. Abel Braga teve duas passagens pelo Atlético. A primeira, em 98, tirou o clube de uma fila de sete anos sem conquistar o estadual.

Demitido em 99, Abelão retornou à Baixada em 2002, quando o time tinha poucas chances de classificação no Brasileiro. Sua passagem de volta foi meteórica e durou pouco mais de um mês. Como resultado positivo, uma vitória num clássico Atletiba.

Abel Braga vai ter a responsabilidade de treinar a equipe mais popular do país. Segundo uma pesquisa encomendada pela Rede Globo, 15% dos brasileiros torcem para o Flamengo.

Fluminense

Nas Laranjeiras o negócio é com Valdir Espinosa. Com ele o Atlético começou o Brasileiro de 2002 e fez boas partidas. Um dos melhores jogos do Furacão naquela temporada foi contra o Corinthians, em São Paulo. Os paranaenses venceram por 3-0 com uma atuação brilhante do meio-campo Kleberson, que recém tinha participado da Copa do Mundo.

Apesar de manter o clube entre os oito times mais bem colocados na tabela de classificação, Espinosa foi demitido após uma derrota contra o São Caetano, na Arena da Baixada.

Com o filho e auxiliar técnico Rivellino Serpa, Espinosa se mandou para a Arábia Saudita, onde treinou o Riad. Ele volta ao Brasil para dirigir o Fluminense, time que já dirigiu em 1997, 2000 e 2001 e com o aval de Romário: “É um profissional de grande nível, que até já foi campeão do mundo. Tenho certeza de que é um profissional que conhece muito de futebol e tem condições de nos ajudar bastante”.

Botafogo

O Botafogo manteve Levir Culpi no comando do time. Vice-campeão Brasileiro da Série B, o curitibano Levir dirigiu o Atlético no fim da década de 80, onde enfrentou grandes problemas na montagem do elenco.

Admirador confesso do litoral paranaense, o treinador passou grande parte das férias em Caiobá e agora volta aos trabalhos no Rio de Janeiro feliz com o atual elenco: “Ano passado, não tínhamos a menor condição de disputar o Estadual. Hoje, ainda não tenho um time para a estréia e podemos até sofrer um pouquinho, mas bem menos que no ano passado. Não vamos entrar na competição para testar jogadores, mas para brigar pelo título”, disse.



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